A OBRA " O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA" RENDEU EXCELENTE DISCUSSÃO SOBRE CASAMENTO, PATRIOTISMO E GOVERNO.
TRECHO DA OBRA PARA ANÁLISE
“Mas, como é que ele tão sereno, tão
lúcido, empregara sua vida, gastara o seu tempo, envelhecera atrás de tal
quimera? Como é que não viu nitidamente a realidade, não a pressentiu logo e se
deixou enganar por um falaz ídolo, absorver-se nele, dar-lhe em holocausto toda
a sua existência? Foi o seu isolamento, o seu esquecimento de si mesmo; e assim
é que ia para a cova, sem deixar traço seu, sem um filho, sem um amor, sem um
beijo mais quente, sem nenhum mesmo, e sem sequer uma asneira!”
COMENTÁRIO
Esse
trecho, que está no fim do romance, é o clímax da longa reflexão que Policarpo Quaresma tece sobre a própria trajetória. É
interessante traçar um paralelo com outro defunto solitário, o machadiano Brás
Cubas, que, no último capítulo do livro de suas memórias, afirma: “Não tive
filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”. Em Lima Barreto, porém, essa reflexão perde algo da agudeza
irônica de Machado e se deixa contaminar pela expressão de uma negatividade
mais prolixa. A chave de ouro das reflexões de Policarpo é a última frase do
trecho selecionado, “e sem sequer uma asneira!”, que surge como surpreendente
exclamação no momento em que o texto resvalava no sentimentalismo autopiedoso.
Fique-se bem entendido: morre sozinho e sem grandes feitos, mas lúcido,
absolutamente lúcido.
http://guiadoestudante.abril.com.br/Acesso:10/03/2014
E agora...
Filme contando a história de um visionário que amava tanto o
Brasil que seria capaz de dar sua vida pela Pátria!!!!!
ATÉ MAIS!!!!!
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