quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Leituras do Brasil TV CULTURA - "Os Sertões" Euclides da Cunha


Literatura Fundamental - Os Sertões - Leopoldo Bernucci UNIVESP TV


Pré Modernismo


Primeira Guerra Mundial e República do “café-com-leite”: Momentos históricos que serviram de cenário para o Pré-Modernismo.

O avanço científico e tecnológico no início do século XX traz novas perspectivas à humanidade. As invenções contribuem para um clima de conforto e praticidade. Afinal, o telefone, a lâmpada elétrica, o automóvel e o telégrafo começam a influenciar, definitivamente, a vida das pessoas.
Além dessas, a arte mostrou um inovado meio de comunicação, diversão e entretenimento: o cinema.

É em meio a tanto progresso que a 1ª Guerra Mundial eclode. Em meio a tantos acontecimentos, havia muito que se dizer, e por isso, a literatura é vasta nos primeiros anos do século XX. Logo, os estilos literários vão desde os poetas parnasianos e simbolistas (que ainda produziam) até os que se concentravam na política e nas peculiaridades de sua região.

Chamamos de Pré-Modernismo a essa fase de transição literária entre as escolas anteriores e a ruptura dos novos escritores com as mesmas.

Enquanto a Europa preparava-se para a guerra, o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”, onde os grandes latifundiários do café dominavam a economia.

Ao passo que esta classe dominante e consumista seguia a moda europeia, as agitações sociais aconteciam, principalmente no Nordeste.

Na Bahia, ocorre a famosa “Revolta de Canudos”, que inspirava a obra “Os Sertões” do escritor Euclides da Cunha. Em 1910, a rebelião “Revolta da chibata” era liderada por João Cândido, o “Almirante Negro”, contra os maltratos vividos na Marinha.

Aos poucos, a República “café-com-leite” ficava em crise e em 1920 começam os burburinhos da Semana de Arte Moderna, que marcaria o início do Modernismo no Brasil.

Os principais escritores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.

Os marcos literários são, especialmente, o já citado “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha.


O Pré-Modernismo não chega a ser considerado uma “escola literária”, pois não há um grupo de escritores que seguem a mesma linha temática ou os mesmos traços literários.


Um retrato da Crise de 1929: investidor falido vendendo seu carro por apenas 100 dólares.
Um retrato da Crise de 1929: investidor falido vendendo seu carro por apenas 100 dólares.

O fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) colocou os Estados Unidos em um novo panorama econômico. De maior devedora, a economia norte-americana se transformou na principal credora da economia mundial. Além disso, expandiu o seu parque industrial ao ponto de reter em suas mãos praticamente um terço de todos os produtos industrializados que percorriam o mundo. Mediante tanta prosperidade, vemos que imigrantes de todo o mundo buscavam viver o tal “american way of life”.
O momento de expansão e euforia acabou se refletindo no comportamento do mercado de ações daquele país. Cidadãos das mais variadas classes sociais sonhavam em ascender socialmente investindo grande parte de suas economias no setor de ações. Esperando que a economia sustentasse patamares de crescimento constantes, vemos que a população norte-americana parecia realmente viver um sonho, a ilusão de que seu país não mais reconhecia limites.

Acreditando piamente nos princípios do liberalismo clássico, os governantes norte-americanos não enxergavam a necessidade de interferir nessa incessante onda especulativa. Com o passar do tempo, a capacidade de consumo dos norte-americanos passou a ser superada pela enorme quantidade de mercadorias produzidas pelas indústrias. No entanto, a despeito dessa tendência, as bolsas de valores insuflavam a especulação financeira sobre empresas que só ampliavam suas vendas e mercados.

Contudo, já em 1928, o estouro dessa bolha financeira começou a se manifestar quando o preço das mercadorias acumuladas começou a despencar e as empresas se viram forçadas a reduzir seu quadro de funcionários. Já no ano seguinte, muitos investidores se desesperavam tentado realizar a venda de suas ações para outros possíveis investidores. No dia 24 de outubro daquele ano, uma avalanche de ofertas e a ausência de compradores sentenciaram a quebra da Bolsa de Nova York.

Do dia para a noite, investidores milionários perderam tudo o que tinham em ações sem o menor poder de compra. A situação caótica levou muitos deles a subir no alto dos prédios e dar fim às suas próprias vidas. Milhares de trabalhadores perderam os seus empregos e nações que dependiam do investimento norte-americano viram a sua própria ruína. Na projeção de um incrível efeito dominó, diversas economias do mundo se viram gravemente prejudicadas.

Visando uma solução para o problema, o eleitorado norte-americano promoveu a vitória do democrata Franklin Delano Roosevelt para a presidência. Sob a sua tutela, a economia norte-americana revisou os princípios liberais e empreendeu a intervenção do Estado na economia com a criação do New Deal. No outro lado do Atlântico, vimos a ascensão de regimes totalitários que negavam o capitalismo através da instalação de governos fortemente centralizados.


COUTINHO, Afrânio. Introdução. Correntes Cruzadas. Rio de Janeiro: A noite, 1953, 
pp. I-XXIII. Disponível on-line em <http://www.pacc.ufrj.br/literaria/correcruza.html>.Acesso em 25 de Janeiro de 2014. 

——. A literatura no Brasil. São Paulo: Global, 2003. 6 vol.

MARTINS, Wilson. A crítica literária no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002.

http://www.brasilescola.com/literatura/pre-modernismo.htm. Acesso em 25 de Janeiro de 2014. 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ATIVIDADE I

CHEGA DE FRACASSO

             Até parece que faz parte das tradições nacionais: tudo aqui tem que dar errado. A começar pelo próprio país que, para muitos, nunca vai dar certo mesmo. Fracassamos até mesmo no Futebol, veja que coisa mais louca. A partir daí, todo fracasso é previsível. E então fica combinado assim: tudo – projetos, planos, principalmente os econômicos, partidos políticos, movimentos sindicais, idéias, sonhos e reflexões -, tudo passa a estar condenado a fracassar, redondissimamente. Como se fosse uma fatalidade. Terá isso haver com aquela história de que fomos descobertos por acaso? Ou a culpa – como sempre – é do governo, dos governos? Há quem jogue tudo para cima da sociedade como um todo, essa alienadona de si mesma. E aí sociedade vira algo um tanto abstrato, ninguém se vê como se fizesse parte dela, e a discussão também fracassa. O último a sair apague a luz.

            Mas, e o nosso Sonho Sem Fim, tão bela e metaforicamente interpretado no filme de Laurinho Escorel? Bom, o filme andou beirando o fracasso. Tanto que o Laurinho fez as malas e se mandou para Los Angeles, para ficar mais perto de Hollywood. Certo, sucesso são os outros. Lá pelos lados do Hemisfério Norte. Remember Tom  Jobim, o que já disse que a saída é o Galeão. Os que partem, porém, acabam voltando, cantando o Samba do Avião. O brasileiro não é mesmo um bicho de goiaba podre? Essa terra não é a sua goiaba? Pois peguemos a sua parte boa e façamos uma goiabada palatável. Deixemos a banda podre para os podres poderes. Que se locupletem na podridão.

            Sei: é difícil. Tá difícil. O amigo  ali da esquina sabe disso. 16 milhões de desempregados sabem disso. A classe média, do fundo do seu purgatório, também sabe. Criadores, produtores, professores, pivetes, cientistas, os bem e os mal-feitores, pés-de-chinelo e doutores: todos sabem disso. Tá difícil. Quer dizer que não somos mais o país do futuro.

(...)

Ah, o potencial criativo desta nação! Isto ainda há de nos salvar, se os governos – e as tais das elites – não nos atrapalharem muito. Basta nos permitirem continuar vivendo e tendo o direito de trabalhar, de produzir – e que não nos sabotem mais do que já sabotaram. Essa cultura do fracasso é uma urdida que vem de cima, de forma insidiosa, com propósitos escusos, bem planejados. Desconfiemos disso. Ou melhor: é preciso, permanentemente, reagirmos contra isso. Ao sucesso!

(Antônio Torres, Jornal do Brasil)

 1- A partir do debate levantado no texto acerca da questão do fracasso em oposição a sucesso, pode-se afirmar que:
a)Sempre houve, por parte da sociedade, a intenção de manter-se alienada, evitando refletir sobre as razões do fracasso corrente.

b)Apesar das inegáveis dificuldades, podemos lutar, aproveitando nosso potencial para melhorar a situação vigente.

c)É necessário averiguar de quem é a culpa do frac-asso para poder-se resolver o problema.

d)O empenho dos que enriquecem ilicitamente haverá de prejudicar o país, deixando-o sem saída.

  
2- Ao longo do texto, publicado em um caderno especializado de um jornal de grande circulação, nota-se que o autor conhece o seu possível leitor. Assinale a opção em que o elemento apontado revela que o autor leva em consideração uma certa bagagem cultural de seu leitor.
a) emprego de gírias

b) uso de slogan publicitário (“Ao sucesso”)

c) alusão à letra de Caetano Veloso (“podres poderes”)

d) menção ao futebol


3- “Criadores, produtores, professores, pivetes, cientistas, os bem e os mal-feitores, pés-de-chinelo e doutores...” Os dicionários registram as formas benfeitor e malfeitor. Por que no texto essas formas apresentam grafias diferentes?
a) O texto quer enfatizar os prefixos formadores dessas palavras, com o intuito de discriminar bem os dois grupos.

b) Esse é o caso em que os estudantes têm dúvida, por exemplo, bem-educado, bem-vindo, e mal-agradecido são escritos com hífen, mas nada há no texto que justifique uma inovação ortográfica.

c) Esse é um caso de descuido ortográfico (e isso ocorre com freqüência em jornais e revistas).

d) A frase apresenta uma listagem aleatória e incompleta, expressando, através da grafia também aleatória, uma crítica à população.


4- “e se mandou para Los Angeles, para ficar mais perto de Hollywood”. O verbo sublinhado está no infinitivo. Qual das formas verbais abaixo NÃO aparece nessa forma?
a)     “tudo aqui tem que dar errado.”

b)    “Isto ainda há de nos salvar.”

c)     “se os governos – e as tais elites – não nos atrapalharem muito,”

d)    “é preciso, permanentemente, reagirmos contra isso.”

  
5- “Não vira para trás, Bianca.” Temos nesta frase um predicado verbal. Assinale a oração abaixo que apresenta o mesmo tipo de predicação. Para tanto, observe a transitividade verbal.

a)     O rapaz virou fera.

b)    Teria ele realmente virado um revolucionário?

c)     O vento forte virou o barco depressa demais.

d)    Ele virou inimigo da própria mulher.


6- Em todas as frases abaixo, os verbos se encontram na mesma voz verbal, EXCETO em:
a)     Não se conhecem os pormenores do crime.

b)    Tudo se resolve com esforço e perseverança.

c)     O carro se precipitou morro abaixo.

d)    Vendeu-se o prédio a preço de banana.


 7- “O último a sair apague a luz.” Passando o verbo em negrito para a segunda pessoa, fica:

a)     apagai

b)    apaga

c)     apagas

d)    apagues


 8- Observe as locuções verbais e os tempos verbais, em todas as alternativas as frases contêm fatos hipotéticos, EXCETO em:
a) Uma perturbação qualquer, a menor imprudência, pode causar danos irreversíveis.

b) (...) Não se deveria propor a exploração dos recursos naturais da região antes de obtidas respostas satisfatórias às questões expostas.

c)  Não pode o homem, ele mesmo uma espécie, atribuir-se o direito de destruir as outras.

d) Desastres criminosos, como os de Balbina, da Transamazônica, (...) de Jari, poderiam ter sido evitados.

  
9- “O Brasil assiste a uma queda rápida na natalidade embora não esteja preparado para o futuro demográfico.”
O período acima foi reescrito. Não se conservou o mesmo sentido na nova redação da frase em:

a)     O Brasil assiste a uma queda rápida na natalidade conquanto não esteja preparado para o futuro demográfico.

b)    O Brasil assiste a uma queda rápida na natalidade já que não está preparado para o futuro demográfico.

c)     Apesar de não estar preparado para o futuro demográfico, o Brasil assiste a uma queda rápida na natalidade.

d)    Mesmo não estando preparado para o futuro demográfico, o Brasil assiste a uma queda rápida na natalidade.


10- Em todas as frases houve UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO, EXCETO em:
a)     “Se quiseres conversar, vem, mas com argumentos justos.”

b)    “Invada o local e exponha suas idéias.”

c)     “Vai em frente e, se precisares, peça ajuda.”

d)    “Não dês ouvido a quem não te auxilia de fato.”

e)    "Se vires que podes, dize-lhe sempre a verdade.”


11- (Fuvest) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:
a)     O superior interveio na discussão, evitando a briga.

b)    Se a testemunha depor favoravelmente, o réu seria absolvido.

c)     Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.

d)    Quando você vir Campinas, ficará extasiado.

e)     Ele trará o filho, se vier a São Paulo.


12- (UFMG) Em todas as alternativas, a forma verbal sublinhada está no pretérito do indicativo, EXCETO em:
a)  Tu estás louco, seu Laio!?... Onde já se viu esse despropósito?!...

b)  Se a barrigueira estava frouxa e o arreio meio caindo, Beija-flor estacava e ficava quieta.

c) Deram no vau de um córrego. Um velho, de saco nas costas, vinha de lá, passando a pinguela.

d)  E, pois, se todos continuavam trabalhando, bichinho nenhum tivera o seu susto

e)  Pediu que o levassem para a cama; mas já era outro homem, porque chorar sério faz bem.


MUNDO VESTIBULAR 2014

INDICAÇÕES DE LEITURA

Fuvest e Unicamp
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

♦ Viagens na minha terra – Almeida Garrett
♦ Til – José de Alencar
♦ Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida
♦ Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
♦ O cortiço – Aluísio Azevedo
♦ A cidade e as serras – Eça de Queirós
♦ Vidas secas – Graciliano Ramos
♦ Capitães da areia – Jorge Amado
Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade

PUC-SP
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

♦ Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
♦ Sentimento do Mundo – Carlos Drummond Andrade
♦ Til – José de Alencar
♦ Viagens na Minha Terra – Almeida Garrett
♦ Vidas Secas – Graciliano Ramos

 Para saber mais acesse:

http://vestibular.brasilescola.com/blog/livros-para-os-vestibulares-2014.htm
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

CURIOSIDADE ... Pequena Biografia de Albert Einstein


Albert Einstein  nasceu na Alemanha, na pequena cidade de Ulm, no dia 14 de março, em 1.879. Seus pais Hermann Einstein e Pauline Koch eram judeus. O caráter e a biblioteca do pai foram importantes na formação de Albert Einstein. Nos primeiros anos de vida, Einstein teve dificuldades para se expressar através da fala e era lento para aprender, fato que, durante algum tempo, deixou seus pais preocupados. Nos primeiros anos escolares, Einstein não se destacava nem pelas notas nem pela regularidade com que ia à escola.

Aos nove anos ingressa numa instituição de ensino chamada Luitpold Gymnasium, local onde se interessa por geometria e álgebra, matérias nas quais progride rapidamente. Aos doze anos é um autêntico gênio das matemáticas e lê avidamente Leibniz, Kant e Hume. Foi um problema para seu professores, visto que estes não sabiam responder suas perguntas nem refutar seus questionamentos. Possuía caráter individualista e alheio à disciplina prussiana, acaba sendo expulso do Gymnasium. Aos 16 anos abandona a religião judaica e, assim, liberta-se de todo e qualquer tipo de dogma e imposição ideológica.

Em 1.900, aos 21 anos, consegue graduar-se no Instituto Politécnico de Zurich, com as mais altas notas. Em 1.905, publica “Annalen der Physik”, trabalhos sobre eletrodinâmica, as dimensões moleculares, equivalência entre a massa inerte e a energia, o fenômeno fotoelétrico e os primeiros esboços sobre a Teoria da Relatividade, que anunciava o fato do movimento ser relativo aos corpos no espaço, visto que este carece de dimensões e limites e é igualmente relativo. Posteriormente Einstein aplica a teoria da relatividade ao tempo.

Em seguida investiga o processo massa-energia, reduzindo ambas a uma só, mediante a sua conhecida fórmula E=mc². Seus estudos e questionamentos supõem o princípio da teoria atômica e da energia nuclear.


Em 1.909, começa a trabalhar como professor da Universidade de Zurich, atividade que logo desenvolveu em Praga e Berlin. Em 1.914, é nomeado professor da Academia Prussiana de Ciências e diretor do Kaiser Wihelm Institut. Separa-se da sua primeira mulher, Mileva Maric, e casa-se com Elsa Einstein. Em 1.915, completa o desenvolvimento da sua teoria da relatividade. Em 1.921, recebe o Prêmio Nobel de Física e, em 1.933, vê-se obrigado a deixar a Alemanha e partir para os EUA, perseguido pelo regime nazista como judeu e intelectual. Vive ali, em meio a leituras e estudos, ocupando o tempo ocioso com seu violino e colaborando com revistas científicas.

MENSAGEM DE BOAS-VINDAS

O ano só está começando... por isso é importante a canalização de nossas energias para garantir o SUCESSO de nossos resultados.  E como dissera Albert Einstein "Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer".